.: Por que fazer análise
de solo?
Alessandro M. Watanabe (estudante de agronomia
da UFPR)
Luiz Pimenta Drumond Bessa (estudante de agronomia da UFPR)
Rodolffo Alfredo Corradini (engenheiro agrônomo)
Thaís Gisele de Moraes Martins (estudante do curso
de Agronomia da UFPR)
Beatriz Monte Serrat (Profa. Dra. do DSEA/UFPR)
Marcelo Ricardo de Lima (Prof. Doutorando do DSEA/UFPR)
É permitida a reprodução
parcial ou total deste material, desde que seja explicitamente
citada a fonte:
WATANABE, A.M.; BESSA, L.P.D.; CORRADINI,
R.A.; MARTINS, T.G.M.; MONTE SERRAT, B.; LIMA, M.R. Por
que fazer análise de solo? Curitiba: Universidade
Federal do Paraná, Projeto de Extensão Universitária
Solo Planta, 2002. (Folder).
POR QUE FAZER ANÁLISE DE SOLO
?
A realização da análise
de solo é importante, pois somente os dados obtidos
a campo através da observação visual
não são suficientes para se determinar possíveis
problemas nutricionais das plantas.
Deve-se fazer a análise de solo como
parte de um planejamento da instalação das culturas
agrícolas ou florestais. Serve como prevenção
para futuros problemas nutricionais que podem facilitar o
aparecimento de pragas e doenças. Com a realização
da análise pode-se chegar a aumentar a lucratividade,
pois haverá um aumento da produção e
da resistência da planta, diminuindo os gastos com agrotóxicos
(inseticidas, herbicidas e fungicidas). Em conseqüência
disso, haverá uma melhor qualidade de vida e menor
impacto ambiental.
A análise de solo é um instrumento
que pode auxiliar o produtor rural a aumentar a lucratividade
da exploração agrícola ou florestal e
a acompanhar as mudanças da fertilidade do solo. Deve
ser utilizada, juntamente com outras informações,
como um guia para as recomendações de uso de
calcário e adubos (minerais e orgânicos).
A análise de solos apresenta duas
funções:
- Indicar os níveis de nutrientes no solo, possibilitando
o desenvolvimento de um programa de calagem e adubação;
- Pode ser usada regularmente para monitorar e avaliar
as mudanças dos nutrientes no solo (POTAFOS, 1998).
COMO FAZER A ANÁLISE DE SOLO?
No sistema de análise de solo há
uma divisão de trabalho:
-
O agricultor tira a amostra de terra
que representa a gleba. A correta amostragem do solo é
uma das principais fases da análise, pois dela
depende a exatidão dos resultados analíticos.
Caso haja dúvida na coleta da amostra, deve-se
consultar um Engenheiro Agrônomo ou Florestal ou
um Zootecnista;
-
O laboratório analisa a amostra
de solo. Deve-se procurar laboratórios que participem
de programas de qualidade (como o CELA, no Paraná),
garantindo metodologias padronizadas para a análise
de solo;
-
De acordo com o manejo empregado e
com a realidade do produtor rural, o engenheiro agrônomo
ou florestal ou o zootecnista interpreta os dados obtidos
na análise e recomenda a calagem e a fertilização
que devem ser feitas;
-
O produtor adota as recomendações
técnicas, depois de tirar suas dúvidas com
um Engenheiro Agrônomo ou Florestal ou um Zootecnista.
TIPOS DE ANÁLISES DE SOLOS
MAIS UTILIZADAS PELO PRODUTOR RURAL
As principais análises existentes
para avaliação das propriedades do solo são:
química e granulométrica.
É importante que se realize ambas
em conjunto, pois assim pode-se relacionar os teores de nutrientes
e acidez com o potencial de uso e manejo do solo. Com o resultado
das duas análises será possível elaborar
um diagnóstico mais preciso da fertilidade.
1) Análise química: Avalia
a fertilidade química do solo, determinando a disponibilidade
de nutrientes para as plantas, o pH e a matéria orgânica
do mesmo.
2) Análise granulométrica:
Determina a proporção de constituintes do solo
(areia, silte, argila) que influenciam no seu correto uso
e manejo, indicando: risco de erosão, disponibilidade
de água para as plantas, o uso econômico de adubos,
a mecanização adequada e qual a melhor cultura
a ser implantada. Serve também como complemento da
análise química, garantindo maior segurança
para o diagnóstico.
VANTAGENS DA ANÁLISE DE SOLOS
-
São análises rápidas,
de baixo custo e que podem ser feitas em qualquer época
do ano, de preferência de três a seis meses
antes do plantio, geralmente com um intervalo de 2 a 4
anos entre as análises (dependendo do tipo da cultura
e do solo);
-
Os resultados podem ser interpretados
por Engenheiros Agrônomos ou Florestais ou Zootecnistas;
-
Pode-se elaborar um programa de adubação
e calagem, pois é possível determinar as
quantidades de nutrientes que o solo será capaz
de fornecer às plantas e qual a quantidade de adubos
e calcário que deverá ser aplicada, visando
oferecer as melhores condições de produção
e de qualidade às culturas (EMBRAPA, 1982).
EMBRAPA. Amostragem de solo para
análise química. Planaltina. 1982 (Circular
Técnica ,11).
MALAVOLTA, E. ABC da análise
de solos e folhas: amostragem, interpretação
e sugestões de adubação. São
Paulo : Agronômica Ceres, 1992.
POTAFOS – Instituto da Potassa &
Fosfato. Manual internacional de fertilidade do solo.
2. ed . Piracicaba, 1998.
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